Alguns benefícios são tão importantes que passaram de diferenciais para pacote básico. E, cada vez mais, as empresas têm de criar alguns mimos para reter seus talentos
Muitos benefícios que há uma década eram considerados um diferencial hoje se tornaram parte do pacote básico. "Alguns são tão importantes que acabam virando essenciais. Se uma empresa não oferece determinados benefícios ela nem estará entre as opções de escolha se o funcionário for mais exigente", diz Eduardo Faro, gerente de capital humano da consultoria PricewaterhouseCoopers. Para as consultorias, um benefício é considerado básico quando ele se estabelece em mais de 50% das grandes corporações.
De acordo com a pesquisa Top Executive Compensation 2010, realizada com 256 das maiores companhias do país pela Hay Group e divulgada em agosto, já fazem parte do pacote básico para executivos: refeição, plano médico e odontológico, seguro de vida, previdência privada, carro, celular corporativo, computador pessoal e check-up anual. "Hoje, 87% das empresas oferecem celular, carro e check-up para seus executivos. E 50% dão até computador pessoal", diz Carlos Siqueira, diretor nacional da consultoria global Hay Group.
Para os funcionários dos outros níveis da organização, planos de saúde e odontológico, vale-refeição e previdência privada também já são básicos. "Quando os demais benefícios começam a ser estendidos a todos os funcionários, e não só para os de nível executivo, as práticas se tornam um diferencial em relação às outras companhias do setor", explica Carlos.
No Google, por exemplo, todos os colaboradores recebem na contratação um notebook e a empresa ainda paga pela conexão de internet da casa deles. "Consideramos tudo isso instrumentos de trabalho, mas os funcionários veem como um benefício", diz Monica Santos, diretora de RH do gigante de busca para a América Latina. Os planos de saúde e odontológico não são coparticipativos, são 100% pagos pela empresa e sem divisão hierárquica. "Oferecemos os mesmos benefícios para o presidente da América Latina e para o recém-contratado", diz a executiva.
ESTÁ NA MODA
As organizações buscam cada vez mais relacionar a remuneração com a estratégia do negócio para criar alternativas que envolvam os funcionários. De início, era só o salário, mas não era sufi ciente para engajar e reter os colaboradores. Ao longo das décadas, elas foram criando formas de estreitar esses laços.
Crédito: Cristiano Mariz
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