Aumento foi motivado pela alíquota do ICMS sobre o
Gás Liquefeito de Petróleo
O botijão de gás de cozinha ficou mais caro. O
produto chega a ser vendido em Catanduva a R$ 55. O novo valor, como vários
donos de distribuidoras apontam, foi motivado pelo aumento da alíquota do
Imposto Sobre Circulação e Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o Gás Liquefeito
de Petróleo (GLP), que passou de 12% para 18%. O preço do botijão sofreu no mês
passado um reajuste por tonelada comercializada para o Estado de São Paulo. O
acréscimo no valor do gás é feito anualmente em setembro.
O aumento em Catanduva foi de 11,1%. Segundo José
Guilherme Fuzzatti da Silva, proprietário de uma fornecedora de gás na cidade,
com o reajuste a margem de clientes vem aumentando, mas a de lucro vem caindo
não só no setor de gás, como em outros também. “Bastante gente fala, reclama do
preço. Mas não tem jeito, não tenho perdido clientes, mas com os impostos a
margem de lucro cai”, disse Silva. Na empresa dele, o preço do gás que era de
R$ 47 passou para R$ 50.
Segundo o proprietário de outra empresa de venda de
gás na cidade, José Caetano Zanelato, os comerciantes foram pegos de surpresa.
“Foi de um dia para outro. Os consumidores, assim como nós já estão conformados
com a situação. Há aumento no preço do combustível, taxa de entrega de água,
então, temos que repassar, mas não é bom nem para a gente, nem para
cliente”, afirmou Zanelato. Ele vende o gás que tem preço tabelado pela própria
distribuidora a R$ 55, sendo que antes do reajuste vendia a R$ 52.
Para Edu Moraes, proprietário de outra empresa de
venda de gás na cidade, os clientes não reclamaram muito, já que estão
conformados com os reajustes de outros preços, além do gás. “Nem o pessoal
ganha nem a gente. Só estamos repassando. O que nós ganhamos está sendo usado
para manter a empresa. Já que temos que pagar funcionários, combustível, outras
contas”, disse Moraes. Na empresa dele o gás custava R$ 45 antes do reajuste e
custa atualmente R$ 50.
Mais aumento
Além do preço do botijão, os consumidores também devem sentir a alta do preço nos segmentos de restaurantes, lanchonetes e padarias, que deverão fazer o repasse do aumento dos custos ao preço final. Isso porque o estoque de gás é pequeno e logo o reajuste deverá ser passado para os consumidores.
O reajuste anterior no preço do gás de cozinha aconteceu em setembro do ano passado. O reajuste ficou em torno de 6,5%, índice próximo da inflação. Na época o aumento foi justificado pela elevação nas refinarias, além da elevação nos custos fixos com mão de obra, tarifas de energia elétrica, aluguel, honorários, água e outros.
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